O cenário energético mundial está mudando rapidamente, e o Brasil se posiciona como um dos protagonistas dessa transformação. Entre as alternativas mais promissoras ao petróleo, o biocombustível vem ganhando destaque, não apenas por sua eficiência, mas também por seu potencial sustentável. A Copersucar, maior comercializadora de açúcar e etanol do mundo, enxerga nessa transição uma oportunidade concreta de liderar globalmente. Com a aproximação da COP30, o debate sobre novas fontes de energia deve se intensificar, e o etanol brasileiro pode ganhar ainda mais espaço internacional.
Luis Roberto Pogetti, presidente do Conselho da Copersucar, acredita que o biocombustível produzido a partir da cana-de-açúcar representa mais do que uma alternativa energética: trata-se de uma solução de baixo carbono que alia tecnologia, competitividade e benefícios ambientais. O executivo defende que o Brasil deve aproveitar eventos internacionais como a COP30 para reforçar o papel estratégico do país nesse setor. Em sua visão, não é apenas o combustível que o país exporta, mas também a experiência tecnológica e o modelo de produção que une sustentabilidade e rentabilidade.
A experiência acumulada pelo Brasil ao longo das últimas décadas na produção de etanol de segunda geração e outras formas avançadas de biocombustível confere ao país um diferencial relevante. Esse know-how poderá ser um diferencial competitivo global, especialmente em um contexto em que países desenvolvidos e em desenvolvimento buscam reduzir suas emissões sem comprometer o crescimento econômico. Para a Copersucar, o momento exige articulação política, investimentos em inovação e, acima de tudo, uma visão de longo prazo.
O desafio da transição energética não se resume apenas ao desenvolvimento de novas tecnologias. É preciso garantir que essas soluções cheguem de forma eficiente ao mercado, com políticas públicas consistentes e uma cadeia produtiva integrada. A Copersucar aposta no fortalecimento de parcerias entre empresas, centros de pesquisa e governos como caminho para ampliar o uso de biocombustível no Brasil e no exterior. Com a demanda global por energia limpa em alta, existe uma janela de oportunidade que não pode ser desperdiçada.
A atuação estratégica da Copersucar reforça a importância de iniciativas voltadas à produção sustentável. O biocombustível, além de ser renovável, promove a redução significativa de gases de efeito estufa, um dos principais desafios climáticos da atualidade. A empresa acredita que, ao se posicionar como fornecedora de soluções energéticas sustentáveis, o Brasil pode liderar um novo ciclo de desenvolvimento econômico e ambiental. Essa liderança, no entanto, dependerá da capacidade de articulação entre os setores público e privado.
No contexto da COP30, a expectativa é que o Brasil apresente propostas concretas para o avanço das energias limpas, destacando o papel do etanol como peça-chave na matriz energética. A Copersucar vê nesse evento uma vitrine para a exportação de tecnologia nacional, que poderá beneficiar economias emergentes e países em transição energética. Para isso, será fundamental mostrar resultados práticos já alcançados e o potencial de escalabilidade desse modelo. É uma chance de transformar conhecimento em impacto real no combate à crise climática.
A expansão do uso de biocombustível dependerá também do fortalecimento de mercados internacionais. Nesse sentido, acordos bilaterais e regulamentações comerciais terão papel decisivo. A Copersucar está atenta a essas movimentações e acredita que a construção de um ambiente regulatório favorável é essencial para consolidar o etanol como solução global. Além disso, o avanço tecnológico deve continuar sendo uma prioridade, garantindo maior produtividade e competitividade em escala mundial.
Por fim, a mensagem da Copersucar é clara: o futuro da energia passa pela sustentabilidade, e o biocombustível é parte central dessa transformação. O Brasil tem todas as condições para assumir um papel de liderança nesse novo cenário, mas será necessário planejamento, investimento e colaboração. A transição energética já começou, e aqueles que souberem se adaptar rapidamente terão vantagem. O momento é agora, e a aposta da Copersucar é uma demonstração de confiança no potencial do Brasil como potência verde do século XXI.
Autor : Lissome Pantor