O cirurgião plástico Milton Seigi Hayashi afirma que as cicatrizes fazem parte do processo natural de recuperação do corpo, mas nem sempre o resultado é o desejado. Para muitas pessoas, marcas elevadas, rígidas ou com coloração irregular podem comprometer a estética e a autoestima. Com os avanços da medicina, porém, a cirurgia plástica moderna tem desenvolvido técnicas cada vez mais eficazes para melhorar a qualidade da cicatrização e prevenir o aparecimento de cicatrizes excessivas.
Essas inovações unem conhecimento científico, tecnologia e precisão cirúrgica, proporcionando resultados mais naturais e confortáveis. Hoje, é possível tratar diferentes tipos de cicatrizes — desde as mais discretas até as mais espessas — de maneira personalizada, considerando as particularidades de cada paciente.
O que causa as cicatrizes excessivas?
As cicatrizes excessivas ocorrem quando o corpo produz colágeno em excesso durante o processo de cicatrização. Isso pode resultar em marcas elevadas, endurecidas ou que ultrapassam os limites da ferida original. Existem dois principais tipos de alterações: as cicatrizes hipertróficas, que permanecem dentro da área da lesão, e os queloides, que se expandem além dela.

Vários fatores podem influenciar a formação dessas cicatrizes, como predisposição genética, infecções na ferida, tensão excessiva na sutura, traumas repetidos e até o tom de pele — pessoas com pele mais escura costumam ter maior propensão à formação de queloides. Hayashi ressalta que o acompanhamento médico desde o início do processo de cicatrização é essencial. Avaliar o comportamento do tecido logo após o procedimento cirúrgico ajuda a prevenir complicações e a planejar possíveis intervenções de controle.
Quais são as principais inovações da cirurgia plástica no tratamento de cicatrizes?
A cirurgia plástica evoluiu consideravelmente nas últimas décadas, e hoje conta com uma variedade de recursos que tornam o tratamento de cicatrizes mais eficiente e menos invasivo. Uma das inovações mais relevantes é o uso de lasers fracionados, que atuam na remodelação do colágeno, suavizando o relevo e melhorando a textura da pele. Além disso, a terapia com luz pulsada intensa (IPL) tem se mostrado eficaz na redução da vermelhidão e na uniformização da cor das cicatrizes.
Outra técnica moderna é o microagulhamento com radiofrequência, que estimula a regeneração tecidual e potencializa a absorção de substâncias reparadoras. Hayashi destaca também o papel da bioengenharia tecidual e dos enxertos de pele personalizados, que utilizam materiais biocompatíveis para promover uma cicatrização mais natural. Essas abordagens reduzem o risco de retrações e oferecem resultados estéticos mais previsíveis e duradouros.
Como a cirurgia plástica pode corrigir cicatrizes antigas?
Nem sempre é possível evitar a formação de cicatrizes indesejadas, mas, felizmente, elas podem ser tratadas. A cirurgia de revisão de cicatriz consiste em remover a área afetada e realizar uma nova sutura, utilizando técnicas que distribuem melhor a tensão e favorecem um resultado mais discreto. Em casos mais complexos, podem ser aplicados retalhos locais, que reposicionam a pele para suavizar deformidades, ou enxertos, quando há necessidade de substituir uma área de tecido comprometido.
Após a cirurgia, Milton Seigi Hayashi reforça que são indicados tratamentos complementares, como uso de silicone em gel ou fita, injeções de corticosteroides e terapias a laser, que auxiliam no controle do colágeno e reduzem a chance de recidiva. O acompanhamento contínuo com o cirurgião plástico é fundamental para garantir que a nova cicatriz evolua de forma saudável e equilibrada.
Como a tecnologia está transformando o futuro da cicatrização?
O futuro do tratamento de cicatrizes é promissor e está diretamente ligado ao avanço da tecnologia médica. Pesquisas recentes na área de medicina regenerativa e nanotecnologia vêm desenvolvendo soluções que prometem acelerar o processo de cicatrização e reduzir o risco de cicatrizes anormais. O trabalho do cirurgião plástico Milton Seigi Hayashi é um exemplo de como a combinação entre conhecimento técnico e sensibilidade pode transformar vidas, devolvendo não apenas a beleza da pele, mas também a confiança e o bem-estar emocional.
Autor: Lissome Pantor