Lina Rosa Gomes Vieira da Silva, autora do livro Bichos vermelhos e entendedora do assunto, integra com sensibilidade o cenário de projetos que unem arte, educação e consciência ambiental. Em Bichos Vermelhos, a autora apresenta às crianças as espécies brasileiras ameaçadas de extinção, propondo, de forma lúdica e poética, uma reflexão sobre a preservação da fauna. A obra dialoga com ações como o Espetaculix e instituições como a Aliança e o Centro Educacional Irmã Maria Antônia, mostrando como literatura, teatro e educação ambiental podem transformar olhares e atitudes desde a infância.
Descubra como histórias, teatro e educação ambiental podem inspirar pequenos defensores da natureza! Conheça Bichos Vermelhos e embarque com Lina Rosa Gomes Vieira da Silva nessa jornada de consciência, poesia e cuidado com o Brasil silvestre.

Como a literatura infantil pode ajudar a formar consciência ambiental desde cedo?
A infância é um terreno fértil para a formação de valores e percepções sobre o mundo. Por isso, aproximar as crianças de temas como diversidade e meio ambiente é fundamental para construir uma sociedade mais equilibrada e respeitosa. Obras como Bichos Vermelhos, de Lina Rosa Gomes Vieira da Silva, desempenham esse papel ao apresentar, de forma lúdica e sensível, animais brasileiros em risco de extinção. Ao unir literatura e consciência ambiental, a autora cria uma narrativa que não apenas informa, mas também emociona, despertando empatia e interesse pela natureza.
A proposta de Lina Rosa Gomes Vieira da Silva vai além do texto. A engenhosidade do projeto gráfico, que inclui esculturas de papel e atividades interativas, proporciona às crianças uma experiência sensorial completa. É mais do que leitura: é participação ativa. Ao montar bonecos dos animais retratados, os pequenos leitores se aproximam do tema e, sem perceber, aprendem sobre a importância da preservação ambiental. Essa experiência tátil reforça o conteúdo e valoriza o contato físico com o livro, algo cada vez mais raro em tempos digitais.
De que forma o projeto Espetaculix mistura arte, educação e tecnologia em prol do meio ambiente?
No Centro Educacional Irmã Maria Antônia, a cor rosa não representa apenas afeto e infância, mas também atitude e responsabilidade ambiental. Foi nesse espaço que nasceu o Espetaculix, projeto idealizado por uma diretora que carrega a rosa no nome e na essência. Por meio de apresentações teatrais, o projeto fala sobre coleta seletiva, redução do lixo e cuidados com o meio ambiente de forma divertida e acessível para crianças e jovens. A proposta é transformar informação em arte e arte em transformação social.
O espetáculo Relix, peça principal do projeto, apresentou três sessões para os estudantes da escola, com jardins floridos e plateias cheias de olhos atentos. Misturando humor, música e personagens cativantes, a peça discutiu os desafios ambientais contemporâneos e as atitudes simples que todos podem adotar para fazer a diferença. Ao final, 510 Quadrinholix foram distribuídos, quadrinhos educativos que reforçam a mensagem passada no palco. Assim, cada espectador tornou-se um multiplicador de conhecimento.
Qual a importância de unir cultura infância, diversidade e meio ambiente em projetos sociais?
Projetos que integram cultura infância, diversidade e meio ambiente ocupam um espaço estratégico na formação de uma sociedade mais plural, responsável e atenta aos desafios globais. Iniciativas como a da Aliança, que desde sua fundação realiza trabalhos conectados aos Direitos Humanos e democratização cultural, mostram que é possível sensibilizar grandes públicos com ações criativas e acessíveis. Seus projetos já alcançaram milhões de brasileiros em praças, escolas e espaços públicos, sempre priorizando a ocupação coletiva e artística.
Assim como destaca Lina Rosa Gomes Vieira da Silva, a escolha da Aliança pelo azul e do Centro Educacional Irmã Maria Antônia pelo rosa são símbolos dessa pluralidade. As cores aqui são metáforas que dissolvem preconceitos e reforçam que as diferenças devem ser celebradas, não anuladas. Quando esses dois tons se encontram, nasce um espaço onde diversidade de gênero, cor, origem e opinião convivem com a educação ambiental e a valorização cultural. Um encontro potente que transcende os limites escolares e atinge comunidades inteiras.
Esse tipo de iniciativa é essencial porque atua na base: crianças e jovens. É com elas e eles que se constrói o amanhã. E quanto mais cedo aprenderem sobre empatia, respeito à natureza e diversidade, mais chances teremos de um futuro sustentável. Projetos como Bichos Vermelhos, Espetaculix e a atuação da Aliança mostram que educação, arte e meio ambiente são campos que se fortalecem mutuamente e devem caminhar juntos. E quando isso acontece, os resultados são transformadores.
Autor: Lissome Pantor