Conforme Sergio Bento de Araujo, especialista em educação, a personalização se dá no como e no ritmo (com materiais diferenciados, rotas de prática e feedbacks formativos) enquanto o que ensinar segue referenciado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e pelos objetivos do Novo Ensino Médio. Desse modo, na Educação básica, parte-se das competências para então decidir onde o Ensino à distância (síncrono/assíncrono) ou o presencial oferecem maior ganho de aprendizagem. Continue a leitura para aplicar um roteiro prático que concilia LDB, BNCC e IA com autoria discente preservada.
Da teoria à sala de aula: Usos pedagógicos de baixo risco
Para que a IA personalize sem ferir a lei, o desenho das tarefas precisa priorizar evidências verificáveis. Como sugere o empresário Sergio Bento de Araujo, o ideal é começar por três frentes complementares: realizar um diagnóstico breve com devolutivas imediatas, aplicar práticas guiadas com pistas graduadas, evitando oferecer a resposta final, e conduzir a revisão textual com base em rubricas alinhadas à BNCC.
O aluno registra rascunhos, justifica escolhas e defende oralmente o produto (especialmente em projetos de robótica e de investigação científica) garantindo autoria e transparência. Em escolas públicas e escolas privadas, a mesma lógica vale para o presencial e para o online: a IA ajuda a planejar e revisar, enquanto a autoria nasce do que o estudante mede, calcula, prototipa, entrevista e apresenta.
Avaliação, autoria e integridade acadêmica
Avaliar é orientar a próxima ação; por isso, a IA não atribui nota. Como explica o especialista em educação Sergio Bento de Araujo, cada componente curricular define rubricas simples (clareza, precisão, originalidade e uso de fontes) e exija traços do processo: versões, comentários do professor, referências consultadas e uma defesa curta do produto. Em avaliações formais, combine itens objetivos com uma tarefa prática vinculada ao território, por exemplo, um relatório sobre consumo de água na escola ou um protótipo de automação para a horta. Assim, mesmo que a IA apoie a escrita, o valor avaliativo se concentra na compreensão demonstrada e na solução apresentada.

Dados, privacidade e transparência com a comunidade
Uma ferramenta boa respeita pessoas e contextos. A política institucional descreve finalidade do uso, limites explícitos (nada de correção automatizada que valha nota), prazos de retenção e quem acessa os dados. Em plataformas de Ensino à distância ou híbridas, priorize provedores com contratos educacionais, relatórios de conformidade e opções de anonimização. Comunicar a famílias, estudantes e equipe, em linguagem simples, como a escola usa a IA cria confiança e reduz ruídos.
BNCC, trilhas e inclusão: Personalizar sem excluir
Personalizar com IA não pode ampliar desigualdades. Em cada trilha comece por um objetivo BNCC claro, avance em rotas múltiplas (texto, vídeo, simulação, experimento) e ofereça apoios de acessibilidade: legendas, leitura em voz alta, contraste, tarefas factíveis offline. Em EJA, módulos curtos com microcertificações empilháveis e encontros síncronos semanais diminuem evasão; no híbrido do Novo Ensino Médio, a IA ajuda a planejar o projeto de Vida, mapear interesses e sugerir estudos dirigidos, sempre com o professor como curador.
Integração com tecnologia e robótica: Problemas autênticos, soluções viáveis
A melhor defesa da autoria é a autenticidade da tarefa. Como destaca o empresário Sergio Bento de Araujo, ancorar a personalização em problemas do território: medir qualidade da água, modelar gastos de energia, criar dispositivos de robótica para acessibilidade ou automação de iluminação. A IA entra como apoio ao planejamento, à análise de dados e à revisão do relatório técnico, enquanto a demonstração presencial (com banca e perguntas) valida a aprendizagem. No Ensino à distância, vídeos curtos mostram o processo; no presencial, os estudantes apresentam e ajustam o protótipo a partir do feedback.
Personalizar com responsabilidade é possível (e desejável)
Quando a escola governa critérios, preserva autoria e protege dados, a IA generativa amplia o alcance do professor sem violar a LDB. O currículo continua firme na BNCC; a personalização acontece na rota, no ritmo e nas devolutivas. Por fim, como ressalta o especialista em educação Sergio Bento de Araujo, a prática: metas claras, tarefas autênticas e evidências públicas formam um triângulo de confiança. Comece pequeno, mostre resultados e expanda com cuidado, a personalização responsável melhora a aprendizagem hoje e prepara a escola para o amanhã.
Autor: Lissome Pantor